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Ser professora da rede pública de ensino.

Ser professor da rede pública de ensino numa escola onde seu público é criança em vulnerabilidade social é um desafio, uma reflexão constante da nossa prática.

Primeiro porque nosso papel, enquanto educador, não é somente transmitir o conhecimento específico das disciplinas curriculares, esse papel de informar não é o único que cabe em nossa função, se assim o fosse seríamos profissionais incompletos, sem a essência que torna a nossa função transformadora , em todos os sentidos. Pois precisamos entender que cada criança que entra em nossa espaço de educação, em nossa sala, cujo cotidiano é constantemente uma linha tênue entre a segurança e insegurança, o alimente e a falta dele, o medo e coragem, a violência e a paz, espera um pouco mais do que informar. Ela guarda em si um vulcão de emoções que convivemos diariamente, quase que isolados se não fosse os projetos sociais a dividir a nossa principal função. Função...aquela que nos completa como humanos, a função de formar... formar valores, formar homens e mulheres, cientes e conscientes dos seus direitos e deveres, do papel de transformador do seu meio. O Projeto Social Há Esperança nos torna lindamente vulneráveis também.



“Vulneráveis emocionais”. Quando conhecemos e olhamos para cada voluntário que apesar das suas próprias dificuldades se oferecem como parceiros nesse exercício tão intenso que é a educação.

Finalizo, colocando que, segundo o dicionário da língua portuguesa a palavra vulnerável tem o significado de “lado fraco – frágil”. Precisamos ser assim, vulneráveis, fraco e frágil a necessidade do outro. Amo saber que existe um povo que mesmo com vulnerabilidade emocional se preocupa com a formação dos alunos da rede pública de ensino.

Yana Leôncio Lima – Pedagoga, professora da rede publica do RJ.

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